sábado, 27 de abril de 2013

O AMANTE DA RAINHA



Este filme dinamarquês do diretor Nikolaj Arcel (conhecido como roteirista do filme Os Homens que não amavam as Mulheres) é um drama real épico passado na Dinamarca do século 18, conta o triangulo amoroso formado pela rainha britânica Caroline Mathilde, preparada desde criança para casar com seu primo, o rei da Dinamarca Christian VII e o médico Johan Struensee (interpretado por Mads Mikkelsen).
A rainha Caroline casa com o rei ChristianVII aos 15 anos, em plena flor da idade, cheia de sonhos e ideais, sem o conhecer, sendo este um insano, com atitudes grotescas e loucas.Caroline logo conquista a corte com sua beleza, talento e carisma e tem um filho com o rei . Mas depois é tomada de uma apatia e tristeza  pela condição que se ver forçada a viver com um louco pelo resto de sua vida.
Com a  fragilidade da saúde do rei, cada vez mais insano, um médico é convocado para ajudar na sua  recuperação e cai nas graças do rei, tornando-se seu confidente e conselheiro.Sendo ateu com idéias iluministas, ocorre uma aproximação com a rainha que compartilha das mesmas idéias, torna-se seu amante, eles praticamente governam o País por um tempo, dando início a grandes mudanças político  sociais, inspiradas no iluminismo de Rousseau e Voltaire.
O filme mostra a dimensão política da época com um regime absolutista, a luta pelo poder ,os bastidores vís da política, onde poucos têm muito e o povo vivendo em total miserabilidade, e como a rainha e o médico passam a conviver com o gostinho do fio da navalha,de um lado o rei cada vez mais insano e difícil de controlar, do outro lado um caso extra conjugal e ainda mais pelo fato do médico ser um estrangeiro no País.

O filme tem um figurino de época maravilhoso, uma trilha sonora e fotografia dignas de elogio.Enfim, uma reconstituição de época impecável, com uma história conhecida na Europa do século 18 e que mudou o destino dos países deste continente.
O ator Mikkel Boe Folsgaard , pela sua interpretação como  o rei Christian VII,  foi laureado com o Urso de Prata no Festival de Berlim.
Recomendo demais este filme, saí anestesiada de prazer,  e de sentir uma história real e triste e a força de um amor, que foi capaz de  mudar a  história da Dinamarca e da Europa. Este filme foi candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 213, e tinha tudo para ganhar, mas o filme ¨Amor¨foi o ganhador, por sinal, muito merecido.



 

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