segunda-feira, 17 de junho de 2013

AS SESSÕES



Com direção de Ben Lewin , esta comédia dramática é baseada na história real de Mark O’Brien, escritor e poeta de 40 anos de idade, que ficou tetraplégico na infância devido poliomielite. Ele só tem o movimento da cabeça e precisa usar um aparelho chamado ¨pulmão de aço¨para conseguir respirar . Ele trabalha em casa, precisa ter uma cuidadora, mas consegue fazer algumas atividades usando a boca. E sua  vida se resume a ir a Igreja conversar com o padre , que se torna seu amigo pessoal. Numa das confissões , Mark fala da sua vontade de fazer sexo e das suas limitações .
Mark passa então a ter sessões com terapeuta sexual, especialista em exercícios de auto conhecimento corporal, para inclusive chegar até o sexo.
O ator John Hawkes interpreta este protagonista de forma magistral, usando expressões do rosto,  demonstrando que, apesar da sua deficiência, ele é uma pessoa culta, inteligente e principalmente, bem humorada, sem reclamar da sua situação, as vezes até constrangedora para quem assiste, pelo tabú existente para se falar desta questão.
Helen Hunt faz a terapeuta sexual de maneira bem natural, sem medo da nudez apesar da sua idade , e este é o diferencial do filme.Ela concorreu ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2013 por este filme.
O filme fala de limitações com humor irônico, onde o  personagem é colocado, como um ser humano fascinante, envolvente, uma história delicada, realista, onde o sexo é abordado de forma natural e bem humorada, deixando uma grande lição de vida para os telespectadores, de que todas as pessoas têm o direito de ter uma vida ¨normal¨ em todos os sentidos, e como o bom humor facilita a vida das pessoas.
O expectador acompanha curiosamente o desenrolar da história, inclusive para saber como será o  final. Uma mensagem de coragem e otimismo  para as pessoas que se queixam e olham a vida de forma pessimista.
Este filme é fácil de encontrar nas locadoras, já não está em cartaz nos cinemas. 

Um comentário:

  1. "As sessões" poderia ser mais um filme sobre superação, vai além. Mark O'Brien vitima de poliomielite (paralisia infantil), acaba fascinando-nos pois, para além da limitação extrema, dispõe-se a não paralisar. Com brilho próprio e humor invejável, "apesar de", consegue aproximar pessoas, tornar-se querido, envolvente, desejável. O trabalho para desenvolver sua sexualidade, realizado com ajuda terapêutica, é pura delicadeza, naturalidade, profissionalismo, respeito e emoção. Da mesma forma, respeitosa e humana é a relação com o padre, que dispõe-se a partilhar de seus conflitos e dessa aventura (ventura?).

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